sábado, 1 de dezembro de 2012

Mortos vivos, Vivos mortos



       Ao olharmos para um dos temas de grande sucesso no entretenimento atualmente, alguns desavisados, poderiam se surpreender com o aspecto um tanto hostil e nojento apresentado, zumbis ou mortos vivos em estado de decomposição.Sim. É isso mesmo, corpos reanimados em estado de putrefação nos games, hq´s e seriado de TV. Os mortos vivos têm tanto apelo de mercado que chegam inclusive ao ponto de se tornar o motivo principal de uma passeata que tem inclusive a sua versão brasileira. A passeata consta de participantes vestidos e maquiados de forma que se assemelhem com os mortos viventes em estágio de decomposição. 



    Nas mídias de entretenimento, que tem como tema os referidos zumbis, cidadãos vivos, sobreviventes a infestação da praga dos que se recusam a morrer, lutam por sua sobrevivência. Os mortos vivos se alimentam dos vivos, este é um fator que torna a vida dos que estão vivos um tanto delicada. Os que já morreram voltam à vida e atacam os que vivem, para poder se alimentar da carne humana viva. Para sobreviver, os vivos se cercam de armas e munições para se defender. Um tiro na cabeça dos mortos faz com que estes voltem ao seu sono eterno. Mas, porque será que um tema tão nojento e sofrido desperta o interesse de milhões de pessoas ao redor do nosso planeta? O que pode existir de tão atraente em corpos podres que se recusam a morrer e ainda por cima buscam devorar a vida humana dos que ainda não morreram? 

   Quando pensamos em situações, problemas ou relacionamentos que se resolveram ou chegaram a um término, podemos fazer uma analogia com a morte. Temos o hábito em dizer: ‘‘Matei aquele problema”. “Minha relação com fulano, morreu”. Expressões como estas citadas acima, indicam um término ou fechamento de um ciclo em nossas vidas. Algo morto é algo tido como resolvido. Mas se algo que era ou deveria estar “ morto”, volta a vida e busca devorar a nossa existência, podemos falar sobre situações zumbis ou morta viva. Algo que por algum motivo nossa consciência reprimiu e preferiu negar a existência ao invés de assumir o peso e a responsabilidade de enfrentar aquilo que nos consome emocionalmente. Situações não resolvidas ou que buscamos ignorar, tiram a nossa energia da consciência, geram stress, aumento de tensão emocional e roubam a nossa paz. Vamos sendo “devorados” por aquilo que deveria estar morto e não está. Para uma vida saudável precisamos de uma consciência ampliada, problemas não resolvido geram uma acúmulo de carga afetiva que vai sobrecarregando a nossa existência. 

    Quando surgir um problema que tenhamos a responsabilidade de enfrentar e reunir todos os recursos possíveis para a resolução. Problemas mortos vivos, nos transformam em “ vivos mortos”. Muitas vezes a ajuda terapêutica psicológica profissional, será necessária como recurso, de enfrentamento e aumento de consciência. Problema não resolvido, drena a vida, impede a revigoração e fluidez da jornada do indivíduo. Novos projetos, novos relacionamentos, tem seus inícios frustrados ou prejudicados por problemas velhos que não foram enfrentados e conscientizados. Que possamos buscar o entendimento de nossas questões mais íntimas ou difíceis. Caso contrário, elas se tornarão mortas vivas. 








Um comentário:

  1. Para resolver o problema, precisamos conhecer o problema. Depois de conhece-lo enfrenta-lo! Muitas vezes as pessoas não conseguem enfrenta-los e não buscam ajuda! Se você tem um problema e não consegue enfrenta-lo sozinho, chame alguém que possa ajuda-lo! Seja um amigo ou um profissional. Mas chame alguém!

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